sexta-feira, 29 de junho de 2012

Verona

Eu renego meu nome, minha família e as tradições
Deixo essas ruas e muros riscados com nossos nomes falsos
Seu veneno, minhas balas
As cruzes de neon guiam o meu caminho até o fim
Deixo as torres de São Pedro e as areias de Verona
O último pedaço do meu peito e o sangue do meu amigo
Duas estrelas cruzadas, caindo na mesma praia
Sangue inocente manchando as ruas, sempre será assim
Para a punição final de nossos pais
Não morra por mim meu amor
Eu sou só um belo pedaço de carne
Uma pena de chumbo
Procurando um par de asas para roubar.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

And now?

A última meta foi alcançada, o maior sonho foi realizado
Os dias correm melhor do que o esperado
Sem sentimento de vazio, apenas esperança
Dinheiro, sexo e música
Sem remorso, sem arrependimento
Felicidade
E agora? quem irei matar?

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Berlin, 30 de maio de 1952


Noite chuvosa de sexta-feira. Eu aceitei o convite mesmo sabendo que as chances de sair vivo eram mínimas. Coloquei minhas roupas menos esfarrapadas, peguei meu chapéu e saí pelas ruas tomadas por uma chuva chata e constante. As tentativas de acender um cigarro sem que ele fosse atingido pela água eram inúteis, desisti. Os letreiros de neon falhando e os bêbados resmungando coisas pelos becos me diziam que aquele seria um bom dia para morrer, parecido com tudo que vivi; cinzento e chato.
A mente humana não levanta pela manhã achando que aquele é o último dia de sua vida. Isso é quase uma maldição, impedindo que as pessoas façam tudo o que realmente desejam. Essa era a única maldição que durante 36 anos eu desejei possuir, para talvez ter feito tudo o que quis ao invés de vender minha alma por um preço tão baixo. Não importava, era tarde demais mesmo. Cheguei ao lugar onde minha mente já esteve tantas vezes. Era uma casa velha, de dois andares e um sótão; no primeiro funcionava um prostíbulo infame que  frequentei por algum tempo, cheio de mulheres acabadas carregando garrafas de gin que ganhavam dos militares. No segundo andar ficavam algumas camas velhas, para que as prostitutas pudessem exercer sua profissão com o mínimo de conforto. Não havia nada demais ali. Nada que eu já não tivesse enjoado de reparar ou de escrever baboseiras sobre, mas havia o sótão, e aquele lugar me intrigava mais do que pensar em como as pessoas do lado oriental estavam se virando. Eu havia estado aqui quase uma centena de vezes me divertindo com as histórias de uma prostituta chamada Alena. Ela me contava coisas que ouvia aqui e ali, às vezes algumas informações relevantes, outras somente boatos sobre alguém do alto comando ter se deitado com alguém. Certa vez durante uma conversa dessas, perguntei sobre o que havia no último andar, o desconhecido que habitava aquele lugar me intrigava demais, e a resposta que ela me deu só fez minha curiosidade aumentar: "É o quarto da única mulher que não fica aqui em baixo com as outras, porque digamos que ela faz trabalhos especiais". Perguntei que tipo de trabalhos especiais necessariamente ela realizava e se podia subir até lá vê-la. Alena fechou a cara de uma forma que eu nunca havia visto e disse : "Você só pode entrar se receber uma carta com o nome dela, e desde já aviso, se você receber a carta e aceitar o convite, só venha se estiver disposto a dizer adeus à sua vida". A resposta foi quase um soco na cara. Eu já havia bebido demais e decidi ir para casa naquele dia. Duas semanas depois o rapaz dos correios me entregou um envelope roxo, com um símbolo colado, lacrando-o completamente. Havia um nome estampado perto do símbolo, mas alguma coisa havia pingado sobre ele, tornando-o ilegível. Subi para meu quarto tomado de ansiedade. Em toda a minha vida só havia recebido uma carta, e era a que informava a morte de minha mãe em Marselha nove anos atrás. Abri o envelope, dentro um pequeno pedaço de papel com meu nome e a seguinte frase "a porta estará aberta. terceiro andar, você sabe onde é".
Fiquei extremamente intrigado, pois sabia que a carta era da tal mulher do terceiro andar, mas como ela sabia meu nome e meu endereço?  Nem mesmo Alena sabia coisa alguma a meu respeito, e a frase aterradora "...dizer adeus à sua vida" me revirou o estômago. Pensei por algumas horas se deveria aceitar o convite. Fiquei analisando toda a minha vida, e não encontrei nada que me impedisse de dizer adeus à ela naquela noite.
Cheguei até a porta do famigerado "Kneipe von den Huren" e fui logo correndo para o terceiro andar. eu estava ensopado, tossindo como um cão velho. Fiquei parado um instante perante a bela porta vermelha, me perguntando se realmente era dali que o convite havia vindo. Empurrei devagar a porta e me deparei com um lugar incrível; Um pequeno quarto quase escuro, iluminado por um abajur  piscante. No canto uma cama muito bem arrumada, e ao lado da cama uma poltrona vermelha completamente destruída, com as espumas à mostra. Bem no centro de tudo isso, quase intocável pelas teias de aranha velhas que pendiam do teto, a mulher mais linda que meus olhos bêbados já viram. Ela era alta, usava uma linda lingerie vermelha, com meias presas por uma fita preta em formato de laço de cada lado. Meu coração quase parou.
Sem dizer nenhuma palavra ela tirou toda a minha roupa e me arremessou no sofá. Um pedaço de ferro solto arranhou minhas costas e comecei a sangrar. Ela se sentou no meu colo e disse: "Obrigado por aceitar o convite, isso quer dizer que não há mais nada a perder, não é?"
Não consegui responder. Apenas perguntei quais eram os tais trabalhos especiais que ela realizava, e a resposta dela encheu meu peito de agonia:
"Eu sou a solução para os jovens desesperados dessa nação caótica. Sou a encarregada direta de torná-los imortais, e a melhor forma de tornar uma pessoa imortal é dando à ela uma morte memorável. Eu sei muito bem que é justamente isso que você veio buscar aqui, e prometo não desapontá-lo."
Fiquei em silêncio, Não havia nada a ser dito. Era como se ela tivesse atravessado o meu crânio e roubado meus pensamentos, e eu sorri, por ser a primeira vez que alguém conseguiu ver através dos meus olhos.
Ela me beijou e fomos para a cama, com uma sensação de desmoronamento interno, sem prestar atenção em mais nada, nem mesmo as goteiras que caíam sobre o meu rosto existiam mais. O meu corpo se uniu ao dela num calor imensurável, com gemidos e arranhões por todos os lados. Duas almas gritando por liberdade em uma única voz. Ela parou e sem sair de cima de mim perguntou : "Como quer que seja?"
Com as fitas pretas, respondi.
Ela desfez os lindos laços, primeiro o da perna esquerda, depois o da direita. Amarrou os dois pedaços com um nó, e enrolou a fita em meu pescoço. Com o sorriso mais puro que meus olhos já viram ela sussurrou:
"Bem vindo à imortalidade".
Ela apoiou o joelho em meu peito, enrolou as duas pontas da fita nos punhos e puxou com uma força descomunal para o corpo perfeitamente feminino. Eu comecei a sentir o ar sumir de meus pulmões, os olhos ardendo com as explosões dos pequenos vasos sanguíneos e a vista embaçando. Me esforcei para reparar mais uma vez no rosto daquele anjo antes que meu coração parasse. Acabei morrendo com os olhos abertos, vendo a mulher mais perfeita de toda a Alemanha arrancar a vida do meu corpo apenas com as mãos.
Valeu a pena.


Sendo sexualmente enforcado na cabeça de alguém
The Bad

Persona non grata

Aqui estou eu mais uma vez, intoxicado pelo brilho sedutor dessa tela, lutando para assumir o controle de uma humanidade inteira que criei com o pensamento. Lutando para tentar entender a dádiva e a maldição que é ter uma mente corrompida e criativa. Como posso dormir se há centenas de pessoas na minha cabeça implorando para ganhar uma vida? Eu reluto, recuso o quanto posso. Eu seria só mais um deus cruel para eles, já que sou eu quem traça seus destinos, suas vidas e suas cruéis mortes. Como posso saber se realmente é indolor quando lhes tiro a vida de uma forma tão violenta? Ou quando destruo civilizações inteiras com um único pensamento? Eu iniciei um jogo perigoso, e às vezes assustador. Estou jogando com minhas próprias personagens. Andando por ruas que construí e me envolvendo com mulheres que parecem querer sair da ficção a todo custo, gritando por uma página a mais de vida, por mais duas linhas de perversão. Me sinto ingrato por recusar suas falas e personalidades. Não posso dar a todos a vida que merecem, Não posso dar vida à uma pessoa simplesmente para matá-la nas últimas linhas. Preciso pensar, preciso criar uma vida decente para todas elas, com amigos, dilemas, romance e mortes dignas. Juntar todos os fragmentos de mundo em um só, para que eles possam ir e vir sem pedir a minha opinião. Minha cabeça dói por começar a pensar em um cenário, talvez poucos saibam como é trabalhoso criar um planeta do nada. Um planeta com economia própria, contexto histórico e padrões sociais diferentes, com ruas e prédios arquitetados com detalhes. Esse é só o começo, a parte mais cruel  é com certeza preencher esse lugar de vida. Criar pessoas que não terão uma função maior do que simplesmente ter um nome, talvez com sorte, uma fala ou duas. Ferramentas para que os protagonistas atinjam seus objetivos mórbidos, tendo a existência inteira resumida à um apertar de botões ou atender um telefone. O que me conforta em iniciar um vasto mundo para deixá-los livres, é a ideia de que se eles saírem do meu controle, dessa vez eu cometo apenas um apocalipse, ao invés de dizimar outra centena de galáxias.

domingo, 10 de junho de 2012

Encaixotando Helena

Meu amor, sua beleza derrete minha percepção, mas devo te avisar que há algo de errado no seu olhar. De quê adianta belas pernas como estas se você sempre escolhe os caminhos errados? Lindos braços que sempre alcançam tudo que você não necessita? Me deixe retirar os erros dos seus ossos, você sabe que sou habilidoso com minhas serras e bisturis, e prometo não manchar seu lindo vestido com o sangue. Eu prometo que você nunca mais voltará para as ruas sujas e a solidão dos seus clientes. Você será, sim você será, a minha mais bela escultura. Feita com toda a paciência que meu peito pode ter, talhada na mais pura matéria prima que é o seu corpo. Mais dois cortes e isso acaba, mas o que me assombra é a pergunta: Se eu cortar seus braços e suas pernas, você me amaria mesmo assim? Com a sua nova forma e espirito, você ainda seria a mesma? Passeando comigo na sua nova cadeira de rodas por um parque qualquer?









(Obviamente inspirado no filme Encaixotando Helena.)




sexta-feira, 8 de junho de 2012

D.S.

Uma casa grande, com uma porta vermelha para que eu possa pintá-la de preto. Dois carros. Um para passeio e um conversível para mostrar o dedo do meio enquanto dirijo. Um seguro de vida e um plano de saúde confiável, odeio filas no inverno. Um colchão grande jogado no chão (eu não preciso de uma cama ) e uma estante inusitada para eu entupir de livros conspiratórios. 6 buracos na parede da sala, para eu poder pendurar minhas guitarras e réplicas baratas do Liechtenstein. Uma TV grande, sem antena ou cabo, somente para filmes em dvd. Um aparelho de som antigo, para tocar a coleção de discos garimpada em um sebo qualquer. Um espaço para colocar mais livros na sala, os que ainda não foram lidos. Uma cozinha com chão quadriculado, estilo botequim carioca. Não importa os móveis ou eletrônicos, eu raramente irei comer ali mesmo. Um sofá vermelho. Preferencialmente de couro e confortável o suficiente, se por ocasião, eu precise dormir nele. Um guarda-roupas quase monocromático, com camisetas brancas sem estampa para no mínimo uma semana. Uma piscina grande no quintal para eu ter medo de morrer quando abusar do Uísque.
Sem empregada. Um banheiro grande, para suportar os pensamentos na hora do banho. Um quadro branco no quarto para escrever as ideias da madrugada. Um telefone fixo, com uma extensa lista de números bloqueados. Dois bons video games. Um moderno para quando eu quiser ir à guerra e um antigo para matar a saudade. Uma varanda grande para que eu possa ver o céu durante o dia e a lua nas lindas noites. Alguns porta-retratos, para colocar as fotos da viagem à Buenos Aires e do show do B.B King. Alguma coisa inútil para colecionar, podem ser chapéus ou gravatas, não importa. Um lugar para colocar bons vinhos que provavelmente não irei abrir. Um desenho feito à mão em alguma parede. Um gato para colocar em prática minha responsabilidade. Um emprego seguro no governo, para recuperar meus impostos. E o mais importante, um título de doutorado pendurado em um lugar qualquer.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

180°

Vida. Pedaço de estranheza.
Minha vontade é de raspar a cabeça e mudar para meu abrigo nuclear.
Distração, tudo não passa de distração.
Enganar as horas e a respiração.
Mentira, tudo não passa de uma mentira.
Me embalando como uma confortável rede ao sol.
Eu não ligo para a chuva
Eu não tenho telefone.
Eu não quero açúcar.
Eu preciso acordar
Estou de saco cheio com a guerra
Eu preciso aprender a usar o telefone.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Nada.

Não há vista da campina que me encante, se o que meus olhos querem ver não está lá.
Não há um acorde que me faça sentir alguma coisa, se o que eu quero ouvir não me é sussurrado aos ouvidos.
Não há uma hora que me cause ansiedade, se para mim elas parecem todas iguais.
Não há uma dor que me cause desespero, se no fim elas sempre passam.
Não há esperança que me mova, se no fim, tudo sempre acontece.
Não há um caminho que me convença, se tudo o que eu quero é ficar parado.
Não há um dia ensolarado que me faça sorrir, se ninguém sabe o que isso significa.
Não há um dia chuvoso que me faça feliz, se não há nenhuma ideia para mudar.
Não há nada que eu queira, se o que eu busco não se pode possuir.
Não há velhice que me assuste, se meus ossos ardem desde já.
Não há juventude que me divirta, se todos estão em épocas diferentes.
Não há morte que me leve, se já a enganei duas vezes.
Não há um todo, se o nada prevalece.
Não há nada, se o meu tudo é







domingo, 3 de junho de 2012

Neutron Star Collision

Eu havia me esquecido de como é doce o som do silêncio. Interno. Nada além de um velho lick Rockabilly para tocar durante uma tarde chuvosa. Eu amo isso. Minha individualidade e as coisas que me tornam "eu".
O vento, e a voz de Nina Simone me fazem perguntar o quê, afinal, eu tanto procuro enquanto caminho pelas ruas mortas dessa cidade. Não há nada lá, eu sei, estou cansado de saber. O vazio humano preenche todos os espaços possíveis, polui todos os olhares e torna todas as atitudes falsas. Não posso criticar isso. Nesse mundo, é melhor mesmo usar todos os mecanismos de defesa possíveis, e infelizmente, fingir é um dos melhores e mais eficazes. Talvez por isso eu ame tanto a inércia. O silêncio interno. Não há como falsificar isso. A calma e o caos unidos numa única coisa. Meu antigo mundo era baseado na inércia, e talvez por isso ele era tão confortável e seguro. Nunca houve um bom motivo para sair daqui. Dizem que é fora da zona de conforto que a mágica acontece, mentira. Acho que a fórmula perfeita, para que duas pessoas funcionem, é colidir dois mundos. Forçar duas zonas de conforto de uma forma tão violenta, que elas passem a ser uma só, funcionando para duas pessoas. Aí que reside o problema. As pessoas passam tanto tempo isoladas em suas zonas de conforto, alimentando e aumentando seus mundos, que eles passam a ser praticamente indestrutíveis e imutáveis. Esse é o meu problema. Criei um mundo tão seguro e grande, que não vejo motivo para abrir mão dele. Até tentei, juro que tentei, mas não consigo ver um motivo para incorporá-lo em um outro. Só encontro mundos frágeis e pequenos, talvez em formação ainda. Não consigo encontrar uma desculpa razoável para incorporar na minha vida coisas que não gosto e não quero. Sou egoísta, sim. Passei tempo demais levantando
muralhas ao meu redor, simplesmente não consigo abrir os portões para visitantes irresponsáveis que só querem dar uma espiada no que guardo aqui. Geralmente trazem e levam muita coisa sem eu perceber, e é realmente um saco limpar toda a bagunça depois. Por isso resolvi voltar e dar uma olhada em como estavam as coisas por aqui. Deixei meu mundo meio abandonado nesses últimos tempos, e confesso que nunca havia visto uma bagunça tão grande. Me deu vontade de ficar. Arrumar as coisas nas prateleiras como era, preencher as lacunas com coisas úteis mais uma vez, de mãos dadas com o doce silêncio interno.
E acho que vai ser assim, reconstruindo meu mundo parte por parte, aumentando ele cada vez mais. E junto com ele aumentando o medo. Porque um mundo tão grande, quando colide, leva tudo ao seu redor.

sábado, 2 de junho de 2012

Um texto sem título

Me guardei dentro de mim mesma por acreditar que ninguém, além de mim, precisa saber de tudo que tenho vontade, necessidade, de tudo que sinto. Como não ia ganhar nada além de críticas em troca de mostrar-me mais e mais, preferi deixar a mostra só uma parte de mim: a parte sensata, forte e indiferente. E assim foi criada a minha imagem, uma parte sendo considerada o todo. E estava tudo bem, até a outra parte cansar de ficar escondida e querer, de uma vez por todas, se mostrar também. E ela tem toda razão. Ela não é a parte pior. É uma parte cheia de vontades e de outros sentimentos. Sentimentos que não combinam com sensatez ou força. E, agora, as duas partes estão brigando, porque a parte que sempre esteve a mostra não quer permitir que a outra estrague a imagem que ela construiu. E eu estou no meio deste furacão, esperando as duas se acertarem, para que eu possa viver em paz, sem me importar com imagem, partes ou qualquer outra coisa, apenas viver.



(Esse texto não é meu, é de uma pessoa que admiro muito, e  por respeito, não irei nomeá-la aqui.
Não seria justo, expor o seu nome em meio ao caos da minha cabeça digital. Obrigado por me emprestar esse texto. A linha que separa seus dois lados será destruída, e é melhor você se preparar para isso.)

AC/DC

É, aqui, nessa mesa amarela de sempre, com o sol ainda me enchendo de radiação. Talvez aqui seja realmente um bom lugar para escrever, ou pensar nas coisas, afinal, aqui é a origem de toda a simetria dos problemas.
Não, não sei porque resolvi escrever. Minha cabeça ficou uma bagunça ainda pior depois de ouvir algumas músicas que me lembraram minha infância. Nunca houve alguém para culpar.
foda-se quero outra cerveja e assinar meu nome em mais uma mesa.