domingo, 16 de setembro de 2012

Meds.

Eu tento, Deus sabe o quanto eu tento, mas quando viro para o lado você está lá, nos meus braços.
O toque do meu celular me entrega. Você. Você está lá.  Você está aqui bem no meio do Lá maior.
Alpine White, dourado vintage. Eu mandaria uma menagem em uma garrafa, mas meus defeitos falariam alto outra vez. Eu correria, engordaria, deixaria disso, deixaria daquilo, mas você não veria. Nem teria como saber, eu estou trancando tudo, jogando as chaves fora. Registrando as playlists em cartório. Vendendo isso, vendendo aquilo. Sabe, não faz mas sentido sonhar com você, nunca está lá, nunca esteve. Eu sorrio, vou em frente mais um pouco, sobreviver é minha sina. Fazer de conta que estou lutando por alguma coisa ocupa minha cabeça, desviar o olhar quando vejo seu nome é mais seguro. Eu queria te contar sobre as milhares de páginas que tenho lido, sobre as pesquisas, sobre o universo, sobre tudo, mas não. Me manter distante e afastado, como se tudo isso fosse outra realidade é o certo. Nemo, eu não quero chegar aos 118 anos. Não quero ter todas aquelas vidas. Eu não quero ir com minha mãe, não quero ficar com meu pai. Deus, o que eu estou tentando dizer? Você nunca vai entender! É desperdício de tempo e dinheiro outra vez... Maldito sotaque, nunca consigo entender o final do refrão. Eu só queria que você entendesse o quanto dói saber que no fim, atirei uma amizade pela janela. A melhor.
Eu tentaria, mas nem com toda a cola do mundo eu iria conseguir arrumar as coisas.
Me desculpe.

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