Não há vista da campina que me encante, se o que meus olhos querem ver não está lá.
Não há um acorde que me faça sentir alguma coisa, se o que eu quero ouvir não me é sussurrado aos ouvidos.
Não há uma hora que me cause ansiedade, se para mim elas parecem todas iguais.
Não há uma dor que me cause desespero, se no fim elas sempre passam.
Não há esperança que me mova, se no fim, tudo sempre acontece.
Não há um caminho que me convença, se tudo o que eu quero é ficar parado.
Não há um dia ensolarado que me faça sorrir, se ninguém sabe o que isso significa.
Não há um dia chuvoso que me faça feliz, se não há nenhuma ideia para mudar.
Não há nada que eu queira, se o que eu busco não se pode possuir.
Não há velhice que me assuste, se meus ossos ardem desde já.
Não há juventude que me divirta, se todos estão em épocas diferentes.
Não há morte que me leve, se já a enganei duas vezes.
Não há um todo, se o nada prevalece.
Não há nada, se o meu tudo é
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